TODA SEGUNDA-FEIRA
toda segunda-feira
entre dezenove e vinte e uma horas
tomam assento à mesa
meus cavaleiros
travestidos em sinais da língua portuguesa
tudo começa e termina
sob a batuta firme do ponto final
do alto de sua poderosa palavra
octávio nos ensina
o domínio do bem e do mal
meticuloso
toma palavra o dono dos parênteses
lindolfo vê nuances visíveis
aos poucos
a vida se rebela na síntese
como um anjo
ganha espaço a exclamação
na alegria imortal
olavo nos olha crianças
aprendizes do sim e do não
por fim ganha voz
epiphânio
o cavaleiro-reticências
cercado de toda razão
com ele
aprendo a paciência
eu que nasci
ponto de interrogação.
Belo Horizonte, 16/08/2004
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